quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A história da banda que gerou este blog




É verdade, é verdade e é a mais pura verdade! Para todos os que não acreditam no fato de que as coincidências existam, eu vos digo, meus caros amigos, coincidências existem e estão espalhadas por todas as partes. Não vou entrar aqui nem em discussões filosóficas, e muito menos em levantes religiosos - estes, normalmente, inoportunos e desagradáveis – mas vou falar a respeito de momentos que acontecem sem a mínima pretensão e que podem, futuramente, alterar os rumos da vida de alguém ou de todo um grupo.

Pensemos juntos: a bomba de Hiroshima, não foi uma coincidência, mas, sim, uma estratégia de ataque realizada pelos EUA contra o Japão, a subida de Hittler ao poder, também não foi uma coincidência, foi uma orquestração iniciada a partir do momento em que aquele sujeito ingressou no famoso Partido Nacional-Socialista Alemão, o namoro entre a Xuxa e o Pelé também não foi uma coincidência, mas... bem... essa história vocês já conhecem.

Entretanto, o longo processo envolvendo teorias de diversos físicos e químicos sobre a estrutura e a energia existentes no átomo, e o casamento entre o Sr. Alois Hitler, pai de Hitler, com sua terceira esposa, podem ser vistos como coincidências cósmicas. Coincidências, estas, que geram situações que mudaram definitivamente a história da humanidade. Sobre as coincidências a respeito da vida da Xuxa, e como as mesmas influenciaram a história do Brasil, eu prefiro nem falar... vocês que imaginem...

Mas, trazendo a discussão para um universo menor e mais singelo, ou seja, o universo do meu próprio cotidiano, vejo quase que diariamente coincidências que, na maioria dos casos, não alteram nem minha visão de mundo, nem muito menos os rumos que minha vida estará tomando. Porém, existem outros tipos de coincidências que, até mesmo por acontecerem sem planejamento, pegam-me de surpresa e conseguem alterar o rumo dos acontecimentos, colocando minha vida em novos trilhos.

Uma destas tão intrigantes coincidências foi o meu encontro com a rapaziada da banda Santacústica. Imaginem-se só: numa noite qualquer, lá por outubro (ou seria setembro?!) de 2009 estávamos eu e o meu grande amigo Daniel tomando nossa tão conhecida cervejinha, sentados confortavelmente naquele que considero o meu bar do coração (o Big Portion – tem gente que odeia o atendimento, eu, por minha parte, acho que relação bar/cliente é como casamento, para alguns é um sonho, para outros, um pesadelo) quanto me deu na telha de comentar que deveríamos começar a fazer um som.

Na mesma hora o Daniel comprou a idéia e dias depois me disse que queria que nos encontrássemos com o Fernando (Raziel), com quem já havia tocado antes, e em quem confiava bastante para iniciar um projeto de música. Nos encontramos: mais cervejas, mais conversas, afinidades, gargalhadas (sem piadas do Boi Verde por enquanto... sobre o Boi Verde eu falo outra hora), e na mesma noite, também no Big Portion, ligação para o Tato, amigo dos dois, que viria a ser o próximo integrante da banda.

Tudo certo, marcamos o primeiro ensaio, Rodrigo (Bolinho), grande parceiro do Tato, apareceu para assistir nosso primeiro ensaio em estúdio... e o resto é história....

Ontem tivemos uma reunião na casa do Daniel para começarmos nosso trabalho autoral. Encontrei os quatro cavaleiros do apocalipse na sacada do apto, e em algumas poucas horas desenvolvemos a proposta inicial daquelas que poderão ser nossas cinco primeiras composições.

Infelizmente, tive que me ausentar por uma hora, problemas de trabalho que surgem durante o final de semana, de vez em quando. Mas isso faz parte do processo. Já aprendi a não ser ansioso com essas coisas também.

O grande achado dessa história toda é que no final do nosso bem sucedido encontro na tarde de sábado, olhei praqueles caras e pensei, MEU DEUS, COINCIDÊNCIAS EXISTEM! Nosso encontro aconteceu por acaso, nunca imaginei que chegaríamos ao momento no qual estamos agora, e me apavora saber até onde é que poderemos chegar. Um grupo de cinco perfeccionistas, cada um com suas personalidades e peculiaridades, e que têm em comum um amor irrestrito pela música. É isso que estamos fazendo, é neste ponto em que estamos agora. Fazendo música!

Vejo claramente que daqui por diante os desafios não são ligados à criatividade – essa, nós temos de sobra – mas, sim, ao trabalho em equipe, ao dia a dia da banda, à perseverança, ao difícil cotidiano de uma banda que está começando e que pretende ingressar num mercado profissional. Sei que será um furacão que passará por minha vida e deixará toda a casa bagunçada. E terei que ser bom para arrumá-la novamente. Com nossa banda decolando, a vida irá mudar, as expectativas também, e os planejamentos anteriores terão que ser revistos e revisitados.

Mas tudo bem, admito um pouco de medo e um certo frio na barriga. Mas hoje entendo que medo e frio na barriga também podem ser sinônimos de diversão. E garanto que estou me divertindo às pampas com aquilo que, inicialmente, parecia-me como um mero encontro de amigos que estavam a fim de fazer um som. Hoje somos uma banda que tem como objetivo colocar o pé na estrada, desbravar novos lugares, chafurdar nos ritmos, nas melodias, nas palavras e conquistar um bom público.

É meus amigos, assim acontecem as coincidências, e são algumas delas que têm força e manha o suficiente para mudar nossas vidas... talvez de uma forma nunca antes vista por nós mesmos....

Por hoje é só, até a próxima.

Abraços santacústicos!

Ps.: aos desavisados esta é a minha versão dos fatos...

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